Filippo Zana (Team Jayco AlUla) foi o ciclista mais rápido a concluir a 18ª etapa, entre Oderzo e Val de Zoldo, numa extensão total de 161km pelos Dolomitas. Já na luta pela geral, João Almeida (UAE Team Emirates) não conseguiu seguir Geraint Thomas (INEOS Grenadiers) e também Primož Roglič (Jumbo-Visma), mas ainda assim, limitou as perdas a 21 segundos, auxiliado pelo companheiro Jay Vine.
Início muito duro, com dúvidas de Roglič
A etapa começou animada, com várias figuras marcantes deste Giro d’Italia a irem para a fuga, com nomes como Aurélien Paret-Peintre (AG2R Citroën Team), Derek Gee e Marco Frigo (Israel – Premier Tech), Filippo Zana (Team Jayco AlUla), Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), Vadim Pronskiy (Astana Qazaqstan Team) e Warren Barguil (Team Arkéa Samsic). O camisola da montanha, Ben Healy (EF Education-Easy Post), também tentou ingressar neste grupo, mas ficou sem pernas, deixando Pinot livre para somar pontos, algo que fez com distinção, e roubar a camisola ao irlandês.
No pelotão, o ritmo aumentou muito pela mão da INEOS Grenadiers, tentando impedir que fossem para a fuga próximos da liderança de Geraint Thomas, e o grupo ficou muito reduzido. A perda de posições da Jumbo-Visma nesta fase, assim como o mau posicionamento de Roglič, lançaram a especulação sobre a forma do esloveno, que já tinha perdido tempo na etapa 16, ganha por João Almeida.
Expetativa vs. Realidade
As suspeitas sobre a forma de Primož Roglič não se confirmariam nas derradeiras dificuldades do dia. A luta pela geral aqueceu a 6,7 quilómetros do final, precisamente com uma aceleração súbdita de Sepp Kuss (Jumbo-Visma) que apenas Thomas, Roglič e Eddie Dunbar (Team Jayco AlUla) seguiram. João Almeida ficou no grupo perseguidar ao quarteto, tendo jogado com o relógio para gerir ao máximo as perdas.
Roglič atacou e apenas Thomas conseguiu seguir, com o regresso de Kuss mais tarde e Dunbar a acabar junto de João Almeida, apoiado por Jay Vine, que fez um trabalho extraordinário. Tão perto, mas tão longe. Houve momentos em que a reentrada do campeão nacional junto dos homens da frente parecia iminente, mas a colaboração entre Thomas e Roglič foi sólida, chegando juntos à meta e ganhando 21 segundos a Almeida.
Na frente, Thibaut Pinot impôs um ritmo elevado na subida para Coi, para eliminar os adversários e conseguiu fazê-lo com todos, exceto com Filippo Zana. Pinot esteve sempre mais exposto ao longo do dia e o campeão italiano aproveitou isso para o bater ao sprint, consagrando uma vitória de etapa que pode ser considerada “merecida”, visto que tem sido um dos ciclistas mais ativos nesta Giro, tanto a título pessoal como no apoio à equipa. Warren Barguil completou o pódio da etapa, a 50 segundos do duo da frente.
Classificações
Feitas as contas, Geraint Thomas segue de pedra e cal na liderança do Giro d’Italia, sendo o ciclista mais consistente desta terceira semana até ao momento, num dia em que completou 37 anos de idade. O ciclista britânico mantém um avanço de 29 segundos para Roglic e aumenta a vantagem para Almeida para 39 segundos. O português segue líder da juventude, apesar da descida ao 3⁰ lugar na geral. Apesar de não ter conseguido a vitória na etapa, Thibaut Pinot subiu à liderança da montanha, tendo agora 63 pontos de vantagem para Ben Healy.
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