A terceira semana de Giro d’Italia começou com uma etapa de alta montanha que prometia testar os favoritos da classificação geral após o terceiro e último dia de descanso da competição.
As percentagens de inclinação e a quilometragem do Passo del Mortirolo e do Valico di Santa Cristina, as duas principais subidas do dia – que muito contribuíam para os 5268 metros de acumulado da etapa de hoje -, colocavam em sentido o pelotão e a resistência dos candidatos à geral, nomeadamente o português João Almeida (UAE Team Emirates) mas também o líder Richard Carapaz (INEOS Grenadiers), Jai Hindley (BORA-hansgrohe) e Mikel Landa (Bahrain – Victorious).
O pelotão partiu de Salò para uma ligação de 202 km até Aprica, uma das chegadas clássicas do Giro. Em mais um início a fundo, uma constante ao longo da corrida italiana, a fuga apenas se completou passados 40 quilómetros e incluía nomes como os já vencedores de etapas Koen Bouwman – líder da classificação da montanha -, Lennard Kamna, Giulio Ciccone e Simon Yates, para além do veterano Alejandro Valverde ou o herói do dia Jan Hirt.
Numa corrida por eliminação, na frente da corrida e no grupo dos favoritos, as surpresas não foram muitas. Na fuga, Jan Hirt foi o mais forte, eliminou toda a concorrência e atacou a 8 quilómetros do fim para levar de vencida a 16ª tirada do Giro d’Italia. Os favoritos voltaram a cumprir o seu desígnio e fecharam a etapa juntos, com Hindley a sprintar para as bonificações do terceiro lugar da etapa e assim aproximar-se ainda mais da maglia rosa de Richard Carapaz. João Almeida, que na teoria teria um grande desafio na etapa de hoje, acabou por salvar o dia e perder apenas 14 segundos para os demais candidatos ao pódio. O português continua no terceiro posto da classificação geral, a 44 segundos da liderança de Carapaz e a 41 do segundo posto de Jai Hindley. Landa recuperou algum tempo para Almeida e está agora a 15 segundos do lugar mais baixo do pódio.