No regresso do Giro d’Italia à estrada depois do dia de descanso, viveu-se um dia histórico para o ciclismo africano. Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) foi o grande vencedor da chegada a Jesi, impondo-se sobre Mathieu Van Der Poel (Alpecin-Fenix) ao sprint e assim, tornou-se no primeiro africano-negro a vencer uma etapa numa grande volta.
A fuga do dia foi composta por Alessandro De Marchi (Israel-Premier Tech), Mattia Bais (Drone Hopper-Androni Giocatolli) e Lawrence Naesen (Ag2R La Mondiale) e esteve sempre controlada pelo pelotão, mais concretamente pela Intermarché-Wanty e pela Alpecin-Fenix. Ainda assim os três fugitivos tiveram oportunidade de protagonizar um dos momentos altos da etapa, quando passaram em Fillotrano, ponto de homenagem a Michele Scarponi, ciclista tragicamente falecido em 2017.
Perspetivava-se a continuação daquele que tem sido o duelo deste Giro. Ao ritmo de Domenico Pozzovivo (Intermarché-Wanty), em resposta aos múltiplos ataques que surgiram na última subida categorizada do dia, o pelotão perdeu muitas unidades e os puros sprinters não resistiram. Alessandro Covi (UAE Team Emirates), Simon Yates (BikeExchange-Jayco), Hugh Charty (EF Education-Easy Post) e o próprio Van Der Poel foram alguns dos homens ao ataque, tanto na subida como na descida subsequente.
O conservadorismo de Girmay, que confiou na sua equipa para responder a todos os ataques, compensaria no sprint final e o eritreu não deu hipóteses à concorrência. Vincenzo Albanese (EOLO-Kometa) completou o pódio da etapa, deixando os favoritos de fora das bonificações. Assim, Juan Pedro López manteve a camisola rosa e João Almeida continua a ser 2º a 12 segundos do espanhol da Trek-Segafredo. Rui Costa (123º) e Rui Oliveira (133º) cumpriram as suas funções.