Eis os novos campeões nacionais da elite Mundial! Pogacar, Evenepoel, Madouas, Skjelmose ou Van Baarle são alguns dos nomes que vão colorir as estradas, com as respetivas cores nacionais, durante os próximos 12 meses!
A semana dos campeonatos é sempre caótica e difícil de acompanhar com tantas provas a acontecer ao mesmo tempo. Alguns campeões crónicos expandem o seu domínio, alguns jovens talentos a afirmarem-se como ciclistas de topo a nível interno e outros que simplesmente continuam a expandir o seu palmarés, sendo mais uma linha num infindável testamento de conquistas.
Na Eslovénia, Pogacar confirmou o seu favoritismo, após uma longa escapada com Mezgec, que descarregou nos metros finais. O expectável. Já Evenepoel também carimbou o seu favoritismo e bateu o jovem Segaert (apenas 20 anos, não que Evenepoel seja muito mais velho…) num sprint a 2. O campeão do mundo confirma assim mais 12 meses sem vestir a camisola regular da sua equipa. Ainda no âmbito das não surpresas e dos trepadores que irão colorir as montanhas mundiais, Skjelmose também foi o óbvio vencedor na sua Dinamarca natal, sem grande oposição, venceu com facilidade em Aalborg! Na Alemanha, Buchmann foi o mais forte e volta a ser campeão nacional ao fim de 8 anos, numa prova totalmente dominada pela Bora-hansgrohe que faz uma tripla (Denz e Schachmann completam o pódio).
Quanto às surpresas, uma meia surpresa na França! Madouas vence a corrida, apesar da evidente qualidade de um dos ciclistas mais completos do pelotão mundial, não é um ciclista que vença muito habitualmente. Contudo, dominou a prova e deixou os adversários a milhas de distância. Em Espanha também há uma surpresa de um todo-o-terreno, Oier Lazkano, já vencedor de uma etapa da Volta a Portugal, sagrou-se campeão nacional de forma muito meritório ao bater Ayuso. Continua a sua afirmação como um dos mais emergentes talentos em Espanha.
Nos Países Baixos, Van Baarle acrescenta mais uma linha ao seu impressionante palmarés, um dos maiores gregários de luxo da última década bate Olav Kooij e Mathieu van der Poel e junta o campeonato neerlandês ao seu Paris-Roubaix e a Omloop Het Nieuwsblad.
Na Irlanda, Ben Healy deixa a concorrência toda a muitos minutos de distância, sem surpresa, tal como Hirschi é campeão suíço também sem se cansar muito. Muhlberger vence na Áustria, pela terceira vez na carreira e dá mais um campeão nacional à Movistar. Dservnes rouba a vitória a Kristoff na Noruega e Fred Wright obtém a primeira vitória da carreira (quem diria) no Reino Unido.
Por fim uma breve passagem por vários países com alguns ciclistas notáveis: A Trek vence vários campeonatos nacionais, com Kirsch no Luxemburgo, Vacek na Chéquia e Liepins na Letónia, enquanto que Valter (Hungria), Lutsenko (Cazaquistão), Rajovic (Sérvia) afirmam-se como óbvios melhores ciclistas do seus país. Stocek choca Sagan e rouba o título eslovaco ao eterno campeão do seu pais, Lauk vence na Estónia, Ormenese no Brasil, Adomaitas mete Konovalovas no seu lugar na Lituania ao roubar-lhe o título, Tvetcov ainda roda na Roménia, enquanto que Banaszek não dá nada aos ciclistas do World Tour na Polónia.
Esperemos que os nossos leitores não tenham ficado cansados com o ritmo frenético deste texto, de um dia igualmente frenético e que ainda nem terminou, faltando Estados Unidos da América e Canadá à hora de fecho!