Depois da Prova de Abertura – Região de Aveiro, Volta ao Algarve e Clássica da Primavera, o pelotão nacional disputa no domingo, dia 13 de março, a quinta edição da Clássica da Arrábida, uma prova do Calendário UCI Europe Tour de Classe 1.2.
O percurso atravessa toda a região da Arrábida, unindo os três concelhos desta zona, com partida em Sesimbra, passagem por Palmela e meta em Setúbal, perfazendo assim um total de 161,8 quilómetros.
A maior dificuldade nesta corrida serão mesmo as quatro contagens de montanha (Alto da Serra, Machadas, Subida da Cobra e Alto de Picheiros) presentes ao longo do percurso, três delas encadeadas nos últimos 40 quilómetros. Para além disso, a subida pelo “sterrato” da Estrada da Cobra, um troço em terra batida e gravilha, será uma passagem bastante decisiva. As condições climatéricas adversas constituirão também mais uma complicação para os atletas este domingo.
Deste modo, e uma vez que a meta se encontra localizada no centro da cidade de Setúbal, espera-se uma chegada ao sprint, onde Rafael Silva (EFAPEL Cycling), Jonathan Lastra (Caja Rural / Seguros RGA) e Daniel Freitas (Rádio Popular / Paredes / Boavista) são alguns dos nomes candidatos a conquistarem esta Clássica da Arrábida.
A prova contará com a participação de vinte equipas: catorze Equipas Continentais UCI (as dez portuguesas, uma angolana, uma venezuelana, uma sul-africana e uma colombiana), duas ProTeams e quatro Equipas de Clube / Sub-23.
A Portuguese Cycling Magazine esteve à conversa com Hugo Nunes (Rádio Popular / Paredes / Boavista), Tiago Antunes (EFAPEL Cycling), Luís Mendonça (Glassdrive / Q8 / Anicolor) e Bruno Araújo (BAI / Sicasal / Petro de Luanda) para perceber os seus objetivos para esta prova e como esperam que a mesma decorra.
Hugo Nunes espera estar na “melhor forma para estar no apoio ao nosso líder” e revela que “os objetivos da equipa passam por estar na discussão da corrida e aproveitar o bom momento de forma que a equipa atravessa”. Quanto ao traçado, Hugo realça a sua dureza, referindo que “uma boa colocação na parte final será fundamental para a vitória”.
Para Tiago Antunes, por outro lado, “o percurso este ano não tem tanta dureza como em anos anteriores”. O facto de a meta se encontrar no centro de Setúbal “é propícia a uma chegada ao sprint com um grupo reduzido” e “vai de encontro ao nosso homem mais rápido, o Rafael Silva”. O seu principal objetivo é “estar bem fisicamente para ajudar a equipa”, que parte para esta prova “com o objetivo de estar na discussão da vitória”.
Luís Mendonça está de volta à estrada depois de ter estado infetado com a Covid-19, confessando que “venho a recuperar do Covid, onde passei realmente mal. Foram semanas que literalmente não rendia de jeito nenhum, mas ultimamente tenho-me sentido melhor”. Quanto a expetativas, afirma que as mesmas são moderadas “por ainda não me encontrar a 100% e por esta ser a minha primeira corrida da temporada”. O atleta prevê “uma corrida difícil, com condições meteorológicas possivelmente a endurecer ainda mais esta corrida”. Porém, a equipa encontra-se “bem e coesa”, adicionando que “temos várias opções para podermos estar na discussão da corrida.”
Bruno Araújo revela que os principais objetivos da equipa angolana passam por “dar a maior visibilidade possível dos nossos patrocinadores, vamos tentar ir para as fugas e vamos aproveitar para ganharmos ritmo para as próximas competições”. O jovem foi convocado para representar a seleção angolana no Campeonato Africano de Ciclismo, que decorrerá entre 20 e 27 de março, no Egito, então pretende “aproveitar ao máximo as competições em Portugal (Clássica da Arrábida e Volta ao Alentejo) para ganhar ritmo para poder discutir o Campeonato Africano de Ciclismo de 2022.”