Este domingo vai para a estrada uma ligeiramente encurtada Ronde van Vlaanderen e, se, no meio de uma pandemia, os milhares de adeptos estarão ausentes das bordas da estrada, quem estará presente é o campeão em título, Alberto Bettiol que lidera a EF Pro Cycling,
Na Conferência de Imprensa de antevisão da corrida, o italiano disse não se considerar o maior favorito, deixando esse estatuto para o par Wout van Aert e Mathieu Van der Poel. Ainda assim, não deixou de assegurar que «como equipa estamos ainda mais fortes que no ano passado».
O foco na importância da equipa foi, aliás, um dos seus principais argumentos. «Nesta corrida, precisamos da equipa a todo o tempo», afirmou Bettiol, acrescentando que «temos que ser inteligentes e saber quando usar as nossas cartas», recordando sobre a EF que «ganhamos o ano passado, por isso, sabemos como ganhar».
Quem também conta com um forte coletivo é a Deceunick – Quickstep e Bettiol não descarta que o Campeão do Mundo, Julian Alaphilippe esteja na luta pela vitória. Adicionalmente, um outro francês, Romain Bardet, fará a sua estreia na Ronde. Questionado pela Portuguese Cycling Magazine sobre se este poderia ter impacto na prova, Bettiol não hesitou «Certamente. Estes atletas quando estão fortes, estão fortes tanto nas subidas como no paralelo. Lembro-me da exibição do Bardet há dois anos na Strade Bianche e, se ele estiver nessa forma, pode influenciar a corrida».
No final dos mais de 240 quilómetros entre Antuérpia e Oudenaarde se verá que influência tiveram os franceses, mas quase certo é que Bettiol, ainda recentemente quarto na Gent – Wevelgem, será uma das figuras da jornada. Contudo, o vencedor de 2019 está tranquilo, «já ganhei uma vez, portanto, não tenho a mesma pressão para ganhar».
Foto de Capa: Jordan Clark Haggard / EF Pro Cycling