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A grande exibição de João Almeida com as cores da UAE?

João Almeida venceu a classificação da juventude no Tirreno-Adriatico, depois de também ter vencido a branca no Paris-Nice do ano passado, mas acima de tudo foi segundo na classificação geral. Este é o regresso do português aos pódios em provas do World Tour depois do terceiro lugar na Volta à Catalunha no ano passado e só superado pela vitória na Volta à Polónia em 2021.

Olhando precisamente a 2021, podemos falar desta exibição no Tirreno-Adriatico como a melhor corrida de Almeida desde que deixou as cores da Quickstep e se mudou para a equipa de Matxin, talvez apenas a vitória de etapa na Catalunha no ano passado esteja um patamar acima, mas aí Almeida acabou por perder a liderança da prova.

Esta semana foi praticamente imaculada para Almeida. Começou com um excelente contrarrelógio a colocá-lo desde logo no topo da geral, algo que vinha sendo uma preocupação para os fãs do rapaz das Caldas, e exibições consistentes na montanha, com o dia de sábado a ser verdadeiramente marcante. Não será nenhum exagero dizer que o português foi o protagonista da etapa e o impulsionador do movimento crucial da corrida. A juntar isso Almeida marca também um ponto na hierarquia interna da UAE, numa equipa que levava McNulty e Yates também com objetivos próprios, o português não deixou os créditos por mãos alheias e não deu asas aos “adversários internos”, numa altura em que também Vine e Ayuso estão fora de competição devido a lesões.

Para fechar a curiosidade que o português foi o corredor mais rápido neste Tirreno-Adriático, sendo batido por Roglic apenas por conta das bonificações, passando o que não muda nada, mas mostra a consistência do corredor nacional ao longo de toda a prova, evitando um ou outro dia menos bom que por vezes o impedia de estar em lugares deste calibre na geral.

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