Estrada, Nacional

3.º GP Douro Internacional: 5 dias de percurso exigente com calor à mistura!

3.º GP Douro Internacional: 5 dias de percurso exigente com calor à mistura!

Arranca, amanhã, a 3.ª edição do GP Douro Internacional, com a inclusão de mais uma etapa no figurino, em relação à pretérita edição da prova. Na edição deste ano não existirá o habitual contrarrelógio em Resende, porém teremos quase o dobro da quilometragem em relação ao ano anterior. A prova irá ter algumas subidas, no entanto a etapa rainha será a última etapa, com partida e chegada em Lamego.

À hora de escrita do artigo estavam pré-inscritos 126 ciclistas por parte das 18 equipas que estarão em competição. Na prova estarão presentes as 9 equipas Continentais UCI portuguesas, as 8 formações de clube/sub-23 portuguesas e, ainda, a equipa espanhola Club Ciclista Padronés Cortizo, presença habitual nas estradas portuguesas.

GP Douro Internacional: Tudo o que precisas de saber sobre as etapas e possíveis candidatos à vitória!

A edição deste ano contará com 746,6 quilómetros distribuídos pelas 5 etapas anteriormente referidas. O percurso contém 1 etapa que pode terminar ao sprint e 4 etapas algo sinuosas em termos de perfil orográfico onde poderão ser feitas bastantes diferenças. A prova promete muita emoção, visto que o percurso tem tudo para dar um bom espetáculo com todas as dificuldades associadas aliado ao facto de a temperatura ser elevada em quase todas as etapas.

1.ª Etapa: Marco de Canaveses – Marco de Canaveses (130,2 quilómetros)

A competição arranca com a etapa mais curta da competição e que terá o condão de ser o dia menos duro da prova. A etapa terá 2 prémios de montanha, o primeiro, de 2.ª Categoria, em Soalhães (sensivelmente a meio da etapa e com 3,7 quilómetros a 5,6%) e o segundo, de 3.ª Categoria, em Lomba (a menos de 40 quilómetros do término da etapa e com 2,6 quilómetros a 2,8%), no entanto nenhum dos prémios de montanha oferece dificuldades de grande vulto aos ciclistas presentes em prova, esperando-se um sprint compacto na chegada à Avenida Doutor Francisco Sá Carneiro, que será feito em ligeira subida. Os ciclistas irão efetuar uma primeira passagem pela meta quando faltarem 27 quilómetros para o final. A etapa terá ainda: 1 Ponto Quente, em Alpendurada; 1 Meta Volante, no Marco de Canaveses; 1 Meta Autarquias, na 1.ª passagem pela meta e 1 Sprint Especial, em Castelões.

Perfil da 1.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

2.ª Etapa: Tabuaço – Armamar (135,3 quilómetros)

A segunda tirada terá um sobe e desce constante que não se afigurará nada fácil para os ciclistas, com descidas que passam por estradas estreitas. A tirada voltará a ter 2 prémios de montanha, tal como a jornada do dia anterior, sendo que neste dia serão ultrapassadas 2 3ªs Categorias, em Couto (3,2 quilómetros a 4,3%) e Cimbres (esta última a cerca de 30 quilómetros da meta e com 2,8 quilómetros a 2,4%). Após a passagem pelo último prémio de montanha do dia o percurso mantém a dureza e a aproximação à meta será feita em subida o que fará com que existam ataques no grupo, existindo a possibilidade de chegar à meta um grupo restrito ou até mesmo um ciclista isolado. Os ciclistas irão efetuar uma primeira passagem pela meta quando faltarem cerca de 13 quilómetros para o final. A etapa terá ainda: 1 Ponto Quente, em Tabuaço; 1 Meta Volante, em Moimenta da Beira; 1 Meta Autarquias, na 1.ª passagem pela meta e 1 Sprint Especial, em Tarouca.

Perfil da 2.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

3.ª Etapa: Pinhão – Alijó (161,6 quilómetros)

A etapa arranca logo com uma subida extensa e que poderá logo abrir o apetite aos ciclistas que pretendam endurecer desde aí a corrida, sendo que também existirão 2 prémios de montanha na jornada, em Linhares (1.ª Categoria, com 6,5 quilómetros a 6,5%) e Alijó (2.ª Categoria, com 17,5 quilómetros a 2,8%). A etapa após o último prémio de montanha entra numa fase menos dura, no entanto, a chegada será efetuada em subida que promete voltar a marcar diferenças entre os favoritos, tal como no dia anterior, sendo que a dinâmica de corrida poderá ser a mesma da jornada transata. A etapa terá ainda: 1 Ponto Quente, em São João da Pesqueira; 1 Meta Volante, em Carrazeda de Ansiães; 1 Meta Autarquias, em Vila Chã e 1 Sprint Especial, na Foz do Tua.

Perfil da 3.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

4.ª Etapa: Resende – Resende (142,7 quilómetros)

Ao quarto dia de competição o início da etapa irá ser plano quase na sua totalidade e não terá grandes dificuldades de grande vulto até metade da etapa. A partir daí os ciclistas ultrapassarão os 2 prémios de montanha do dia, a 3.ª Categoria de São Tomé das Covas (3,8 quilómetros a 3,7%) e a 2.ª Categoria de Cárquere (8 quilómetros a 4,3%), que se encontrará a 22 quilómetros da meta. Nota para o facto de a estrada continuar a subir ligeiramente após esta subida, no entanto a chegada será efetuada depois da descida desse prémio de montanha, que será sinuosa e com algumas curvas. A etapa poderá ser discutida ao sprint num grupo restrito de atletas, caso o ritmo imposto na última subida não seja demasiado alto. Os ciclistas irão efetuar uma primeira passagem pela meta quando faltarem cerca de 31 quilómetros para o final. A etapa terá ainda: 1 Ponto Quente, em Penajoia; 1 Meta Volante, no Peso da Régua; 1 Meta Autarquias, na 1.ª passagem pela meta e 1 Sprint Especial, em Porto Manso.

Perfil da 4.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

5.ª Etapa: Lamego – Lamego (176,8 quilómetros)

A última etapa será a etapa rainha da prova, onde todas as decisões serão feitas. O prato principal da etapa serão os últimos 30 quilómetros que levarão os ciclistas a efetuarem os últimos prémios de montanha desta edição: primeiro efetuam a subida de Parafita (2.ª Categoria, com 13,4 quilómetros a 1,9%) e logo de seguida a subida de Meijinhos (1.ª Categoria, com 1,1 quilómetros a 7,6%), que deixará os ciclistas a cerca de 10 quilómetros da meta. A etapa será bastante sinuosa e as descidas serão estreitas, com muita inclinação e piso irregular, o que poderá fazer com que sejam também pontos fulcrais no desenrolar da jornada. Os ciclistas irão efetuar uma primeira passagem pela meta quando faltarem cerca de 32 quilómetros para o final, antes das subidas categorizadas. A etapa terá ainda: 1 Ponto Quente, em Castro Daire; 1 Meta Volante, em Sernancelhe; 1 Meta Autarquias, na 1.ª passagem pela meta e 1 Sprint Especial, em Lapa.

Perfil da 5.ª Etapa.
Fonte: Organização da prova

Os favoritos e os nomes a ter em conta

Com tantas dificuldades nos 5 dias de prova os candidatos à vitória final serão os ciclistas mais regulares até agora nesta temporada, assim sendo, nomes como: Joaquim Silva (Efapel Cycling); Mauricio Moreira, Artem Nych e Frederico Figueiredo (Glassdrive / Q8 / Anicolor); Luís Gomes (Kelly / Simoldes / UDO) e Hugo Nunes (Radio Popular – Paredes – Boavista) partem como favoritos a levar de vencida a prova, sendo que o percurso se adequa às características de todos.

No entanto, existem outros nomes que poderão brilhar nas mais variadas etapas e na geral final, sendo que: Aleksandr Grigorev e Tiago Antunes (Efapel Cycling); Luís Mendonça (Glassdrive / Q8 / Anicolor); José Sousa (Kelly / Simoldes / UDO); César Fonte (Radio Popular – Paredes – Boavista) e Bruno Silva e Rui Carvalho (Tavfer – Ovos Matinados – Mortágua) terão boas oportunidades para acrescentarem uma etapa ou uma boa classificação final ao seu pecúlio. Para as etapas que venham a terminar num sprint em grupo compacto os grandes nomes são: Santiago Mesa (ABTF Betão – Feirense); Tomas Contte (Aviludo – Louletano – Loulé Concelho); Luís Carlos Chia (CCL / Matdiver / Anastácio Mendes & Mendes, Lda / Suplementos24.com) e Rodrigo Caixas (Credibom / L.A. Alumínios / Marcos Car).

Conseguirão Bruno Silva e César Fonte voltar a triunfar na prova, tal como no ano transato?
Fotos: Igor Martins / Global Imagens

Relativamente aos sub-23 em prova, os nomes em maior evidência poderão ser: Alexandre Montez (Credibom – L.A. Alumínios – Marcos Car); Diogo e Sérgio Saleiro (Fonte Nova – Felgueiras); Tomás Bauwens e Bernardo Jorge (Óbidos Cycling Team); Afonso Lopes (Porminho Team Sub-23); Tiago Vale Ferreira (PORTOS WINDMOB); e Diogo Gonçalves e Tiano da Silva (Santa Maria da Feira / Segmento d’Época / Reol).

A estrutura espanhola do Club Ciclista Padronés Cortizo, traz um conjunto de ciclistas fortes, sendo que tanto David Delgado, como Sinuhé Fernández (que já foi 11.º classificado no GP O Jogo) poderão ter uma palavra a dizer nas contas finais da classificação final, eles que serão bem escudados por Carlos Gutiérrez (14.º classificado no GP O Jogo). O checo Vojtěch Kmínek deverá ser o sprinter de serviço dos homens de Padrón.

Esperam-se 5 dias recheados de emoção, com o calor a dizer presente e muito público na estrada para apoiar os ciclistas. A Portuguese Cycling Magazine estará na 1.ª etapa da prova, estejam atentos a um dia cheio de conteúdo nas nossas redes sociais!

Foto de capa: Igor Martins / Global Imagens

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